segunda-feira, 6 de julho de 2015

ECONOMIA: REFERENDO GREGO E BRASIL, QUAIS SÃO OS REFLEXOS NA NOSSA ECONOMIA

Os efeitos do resultado do referendo grego no Brasil serão poucos e temporários, segundo especialistas. A Grécia tem peso pequeno na economia mundial, e os juros altos no Brasil protegem a economia de uma fuga de capitais.
— O real pode se desvalorizar um pouco, mas a taxa de juros muito elevada compensa a aversão a risco — afirma Luís Afonso Lima, diretor-presidente da Sociedade Brasileira de Estudos de Empresas Transnacionais e Globalização Econômica (Sobeet) e da Mapfre Investimentos.
O ex-diretor do Banco Central e economista da Confederação Nacional do Comércio Carlos Thadeu de Freitas tem a mesma opinião:
— Hoje o Brasil está com taxa de juros enorme. Quem quiser sair do Brasil vai perder uma taxa de juros maravilhosa (13,75% ao ano) e não há risco cambial.
Freitas lembra que o Brasil voltar a ter saldo na balança comercial, há reservas cambiais e o dólar já avançou bastante:
— O efeito no dólar da instabilidade causada pela Grécia já aconteceu.
Algum nervosismo no mercado financeiro pode ser esperado, na opinião do diretor do Centro de Economia Mundial da Fundação Getulio Vargas (FGV), Carlos Langoni.
— No Brasil, o efeito será mínimo. A curto prazo, pode haver algum nervosismo na bolsa, mas não vejo impacto nem no dólar.
Se houver um impasse que jogue a Europa numa crise mais profunda, as exportações brasileiras para o bloco podem sofrer, mas a hipótese é pouco considerada por economistas.


 

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