quarta-feira, 22 de dezembro de 2021

PT tenta ampliar articulação com PSB e mira federação de centro-esquerda

 



Em meio às conversas que podem resultar numa aliança com o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (sem partido) – explicitada no jantar em que estiveram presentes representantes de diversas legendas, no domingo –, a ideia de formar uma federação partidária com PSB, PCdoB, PV e PSOL ganhou força no PT. O entorno do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva passou a ver na proposta uma plataforma segura de lançamento de sua pré-candidatura ao Palácio do Planalto em 2022. A ideia, no entanto, enfrenta resistência de dirigentes de partidos aliados que reclamam da falta de reciprocidade do PT para chegar a um acordo.

Diferentemente das coligações partidárias, as federações exigem afinidade ideológica, compromisso de união pelo prazo mínimo de quatro anos – o que inclui as eleições municipais em 2024 – e criação de um programa comum de atuação no Congresso. Ou seja: trata-se de um “casamento” que vai além das eleições presidenciais e estaduais, cujo “divórcio” é punido pela Justiça Eleitoral. As legendas que se unirem em federações em 2022 terão de estar no mesmo palanque em todos os Estados, o que exige uma complexa negociação, que tem prazo para a conclusão no começo de abril do ano que vem.

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